Segundo Olavo Henrique Menin, o inverno impede a troca de energia entre corpos porque é mais seco que outras épocas do ano. Saiba o que pode amenizar a descarga.
Não é difícil encontrar quem vive reclamando de levar choque ao ter contato com outras pessoas ou objetos. O problema fica mais aparente no frio. Seja em casa, no trabalho, ao entrar ou sair do carro, estamos mais suscetíveis à descarga quando as temperaturas caem.
Qual o motivo? O professor de física do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) Campus Ribeirão Preto (SP), Olavo Henrique Menin, explica que devido ao atrito que temos com a nossa roupa, com o ar e com os objetos, acabamos sempre nos eletrizando. É a eletricidade estática.
Em épocas mais úmidas, a energia se dissipa com mais facilidade e a carga é descarregada de forma natural.
Acontece que, no inverno, o tempo fica mais seco. Portanto, segundo ele, a carga permanece no corpo por mais tempo.
“O choque é quando você vai se descarregar. A carga que você tem acumulada em você vai acabar passando de você para a terra ou para algum outro objeto. Isso normalmente é facilitado quando esse objeto é feito de um material condutor. Os metais em geral, portas, maçanetas, as portas do carro que geralmente são de metal, você tem uma chance maior de ter essa descarga”, explica.
Existem pessoas com mais ‘potencial de choque’?
O professor afirma que ainda não há comprovação de que uma pessoa pode ser mais ‘eletrizada’ do que a outra.
O que ocorre, por exemplo, é que o tipo de atrito de um indivíduo pode potencializar a retenção da carga, enquanto o outro tem mais possibilidade de descarregar a energia.
“A única questão é que às vezes a pessoa que usa mais roupas de frio, de lã, em geral tem mais chance de se eletrizar porque tem atrito diretamente com a própria roupa”, afirma.
Andar descalço resolve?
Principal “remédio” nas rodas de conversa sobre o choque, andar descalço no chão frio ou na terra pode, sim, ser uma forma de evitar o armazenamento da carga elétrica no corpo.
O físico explica que o choque ocorre quando a carga se dissipa no objeto ou na pessoa tocada. Quando o indivíduo faz contato com o chão, a energia sai para uma área maior, o que facilita a descarga.
“Se você andar descalço, no chão, terra, você vai estar, de certa forma, se descarregando. Não vale falar isso quando você está andando, por exemplo, em um carpete, porque no carpete na verdade você vai acabar se eletrizando talvez até mais, porque você tem um atrito muito forte com o carpete, que é um isolante. De preferência é direto no solo, no chão, ou até a terra mesmo”, diz.
Sei que vou levar choque. Devo encostar só o dedo no objeto ou a mão toda?
Por conta do poder das pontas, teoria física que engloba os estudos de eletricidade, o choque fica intensificado quando a corrente passar por uma região de área pequena.
Portanto, de acordo com o professor, o recomendado é usar a mão inteira para fechar a porta do carro, por exemplo.
“Você já sabe que vai tomar o choque e fica meio esperto. Você acaba de sair do carro e tenta fechar a porta empurrando com o dedinho, porque fala “Ah, vou tomar choque, e vou empurrar com a menor”. E é pior. (…)Se for fechar a porta e achar que vai tomar choque, fecha com a mão inteira, porque a corrente passa por uma área maior e a densidade da corrente acaba ficando menor. As pessoas às vezes fazem ao contrário e têm um choque mais intenso”, explica Menin.
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